Post do IBEI

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mais um passo para duplicar 3,5 km da avenida Pedro I

Trecho contemplado faz ligação entre as regiões de Venda Nova e Vetor Norte
Publicado no Jornal OTEMPO em 21/10/2010
RAFAEL ROCHA


Pouco mais de um mês após a concessão da licença ambiental, a duplicação da avenida Pedro I entra agora em nova fase. Foi publicada ontem no "Diário Oficial do Município" (DOM) abertura de licitação para a realização da obra no trecho de 3,5 km da via, entre as avenidas Portugal e Vilarinho, que faz ligação entre as regiões Norte e Venda Nova, na capital.
Com valor total que pode ultrapassar R$ 700 milhões, a obra é tida como fundamental pela prefeitura, já que visa melhorar o trânsito da cidade até a Copa de 2014. Só com indenizações, fruto de desapropriações de imóveis, o Executivo prevê gastar em torno de R$180 milhões. A previsão é que as máquinas comecem os trabalhos até março de 2011 e terminem em 2013.
O trecho terá suas pistas alargadas em 27 m. Ao todo, irá contar com cinco faixas de cada lado - três para automóveis e duas para o sistema de BRT (Transporte Rápido por Ônibus, em inglês), apontado pela prefeitura como uma das soluções para a mobilidade no transporte público. Na região, passam cerca de 45 mil veículos/dia.
O BRT é um sistema rápido de ônibus que circula em pistas exclusivas e possui capacidade para transportar até 200 passageiros em cada veículo. O investimento será de R$ 588 milhões nesse trecho e a previsão é que ele comece a operar na Pedro I em 2012.
Após conclusão dessa etapa, também consta nos planos da prefeitura implantar na Pedro I um terminal de integração de linhas de ônibus do transporte coletivo. A administração municipal prevê, ainda, que a duplicação melhore a fluidez do trânsito para o Vetor Norte, sobretudo na ligação com o estádio Mineirão.
INDENIZAÇÕES. As desapropriações de terrenos adjacentes à avenida estão programadas para começar em janeiro de 2011. Aproximadamente 240 imóveis situados no trecho entre as avenidas Vilarinho, na região de Venda Nova, e Portugal, na região da Pampulha, terão que ceder espaço para as obras do projeto. Os custos, neste caso, serão arcados pelo Estado.
Recursos
Investimentos passam de R$ 1 bilhão na cidade
Em julho, a Caixa Econômica Federal liberou R$ 1,023 bilhão para oito projetos de melhoria no transporte público em Belo Horizonte. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Até 2013, além da Pedro I, serão instalados BRTs nas avenidas Antônio Carlos, Pedro II, Cristiano Machado e na área central. A primeira intervenção será na avenida Antônio Carlos, prevista para ser entregue em 2012.
Serão realizadas, ainda, obras de interligação viária entre a avenida Teresa Cristina e a Via do Minério, na região do Barreiro, e entre as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado, na região Noroeste. Os recursos serão utilizados ainda na ampliação do Centro de Controle Operacional, que auxiliará o monitoramento do trânsito. (TN)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Diretoria do IBEI participa do XII ENAI – Encontro Nacional dos Advogados do Mercado Imobiliário







Promovido pela ABAMI – Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário em parceria com a Companhia Jurídica,





o XII ENAI – Encontro Nacional dos Advogados do Mercado Imobiliário realizou-se nos dias 06,07 e 08 de outubro de 2010 reunindo os principais nomes do universo jurídico imobiliário nacional.
Marcaram presença no referido evento os membros da Diretoria do IBEI – Instituto Brasileiro de Estudos Imobiliários, que na oportunidade, teve o seu presidente , Dr. Paulo Viana, como convidado para compor a mesa de abertura do segundo painel do evento (foto).




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DESAPROPRIAÇÃO DA AVENIDA PEDRO I

Paulo Viana Cunha é advogado especializado em negócios imobiliários. Representando comerciantes da região, formou Comissão de Moradores e Comerciantes da Av. Pedro 1º, com objetivo de conhecer os projetos e debater, com a comunidade e o Poder Público Municipal, algumas alternativas que atendam ao interesse público, com menor impacto para a Comunidade local.Os interessados podem contatar a Comissão pelo Telefone (31) 2551-2718.


Ares de mudança começam a rondar, pelo menos no papel, o entorno da Avenida Pedro I, que corta as regiões Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. A prefeitura decretou de utilidade pública, para fins de desapropriação, cerca de 240 imóveis no Bairro Santa Branca, na primeira região. Publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a decisão é um importante passo para duplicar a via e implantar o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês). Junto das avenidas Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I vai receber o novo sistema, principal aposta do poder público para agilizar o trânsito na capital, visando a Copa do Mundo de 2014. Inspirado no metrô, o sistema conta com pistas exclusivas para os coletivos, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados. Apenas para preparar o caminho para o novo modelo de transporte, a prefeitura calcula um gasto de R$ 180 milhões em desapropriações, além dos R$ 217,7 milhões da duplicação. O projeto total é orçado em R$ 700 milhões. Pela previsão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as desapropriações, que vão ocorrer, sobretudo no sentido Centro/bairro, começam em janeiro e as máquinas entram em campo dois meses depois. Já em setembro, a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego da capital, decide qual consultoria dará apoio à execução das obras de requalificação da Pedro I. Atualmente, a via tem duas pistas de duas faixas em cada sentido, e será duplicada em toda sua extensão. São cerca de 3,5 quilômetros, compreendidos entre as avenidas Portugal e Vilarinho. A obra amplia em 27 metros a via, por onde circulam cerca de 45 mil veículos diariamente. O corredor ganha mais uma pista, com duas faixas por sentido, exclusiva para transporte coletivo. Depois de concluída esta primeira fase, será iniciada de fato a implantação do BRT, com a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, além de terminal de integração com outras linhas. A previsão é que no segundo semestre de 2012 a população já possa circular nos ônibus articulados, nos moldes de capitais como Curitiba e Bogotá (Colômbia). INDENIZAÇÃO A notícia deixa em alerta quem mora ou trabalha nas proximidades da avenida, consagrada pelo comércio de automóveis e materiais de construção. Apesar de não ter havido proposta formal, proprietários de imóveis temem receber valor aquém ao de mercado, aquecido pela especulação imobiliária. Já os inquilinos lamentam abandonar a avenida, e outros respiram aliviados, com a desapropriação parcial do terreno, dando oportunidade de permanecer no ponto. Preocupados com as mudanças, moradores e comerciantes formaram comissão para acompanhar todo processo. A discussão foi, inclusive, pauta de audiência pública na Câmara Municipal esta semana. De acordo com o advogado da Comissão dos Moradores e Comerciantes da Pedro I, Paulo Viana Cunha, a principal preocupação é em relação ao preço a ser pago pelos imóveis. “Além de desapropriar, em muitos casos, a medida mata o negócio. E a prefeitura já disse que não pagará a indenização para fins de comércio”, ressalta. Segundo ele, moradores também questionam a poluição do ar e sonora trazida pela obra. Essas questões serão discutidas, segunda-feira, em reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Especulação eleva preços Há mais de 30 anos na Avenida Pedro I, na altura do Bairro Santa Branca, Região da Pampulha, a Pujal Autopeças passou ilesa pela primeira duplicação da via, quando o comandante dos negócios era ainda o pai de Marcelo Marques Teixeira, que divide a gerência da loja com mais dois irmãos. Desta vez, eles estão na lista de desapropriação e, de malas prontas, lamentam a mudança forçada para nova sede, no bairro vizinho, o Santa Mônica. “Vamos perder muito com a mudança. Queríamos ir para a Avenida Portugal, aqui perto, mas a especulação aumentou demais. O preço está fora da realidade. Tem terreno de 1 mil metros quadrados valendo R$ 1 milhão”, comenta. A expectativa é conseguir receber da prefeitura valor compatível com o investimento de uma vida. “O ponto aqui é sem comparação”, afirma. Se, para os comerciantes, a preocupação é o sustento, para os moradores a dor de cabeça é a perda da tranquilidade. A contabilista Sirley Nascimento, de 37, sofre com os engarrafamentos diários e reconhece a importância da duplicação, mas também teme impactos negativos das intervenções. “Não sabemos se a estrutura do prédio vai aguentar. Pelo projeto, vai passar um viaduto bem ao lado”, reclama a moradora. O prédio fica às margens da avenida, bem em frente ao Parque Municipal Lagoa do Nado, área verde que não sofrerá alterações com a obra. (FA) *Publicado em: 27/08/2010 / Estado de Minas / Gerais